O pedagogo brasileiro Paulo Freire postulou que se a educação sozinha não muda a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Essa afirmação é provada pela história humana porque o desenvolvimento científico é o agente das transformações, como no vínculo entre o Iluminismo e as revoluções do século XVIII. Na atualidade, a ciência encontra como obstáculo o negacionismo e o radicalismo. Porém, mantém papel vital para o desenvolvimento tecnológico e contra a alienação política.
A priori, o desenvolvimento tecnológico permanece em função das descobertas científicas, cada vez mais elaboradas. Uma dessas conquistas é a fotografia de um buraco negro capturado pela NASA, em 2019. Em contrapartida, o número de adeptos a teorias negacionistas aumenta, deturpando verdades factuais como a esfericidade da Terra. No entanto, são ideias de bases fracas que não são elaboradas pelo método científico. Sendo assim, o avanço tecnológico depende do ensino da ciência com base no questionamento e em pesquisa.
À posteriori, além do desenvolvimento da tecnologia, a ciência tem papel político. Afinal, como o filósofo grego Aristóteles afirmou: “O homem é um animal político”. Sendo assim, em uma época de radicalismo é importante aprofundar o estudo científico porque o discurso político usa a negação de fatos para justificar suas ações. Um exemplo disso foi quando o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, rejeitou os dados do INPE sobre desmatamento. Isso revela que apenas a ciência impede que a sociedade aceite sem questionamento a ação política e tenha participação ativa na democracia.
Em suma, em uma época em que surgem diversos desafios à ciência é vital que seu ensino se mantenha forte. Afinal, ela é uma forma de transformação, mantendo o desenvolvimento tecnológico e evitando a alienação política.
Fonte: https://linktr.ee/MEDUSPBAURU
