A educação, sobretudo a educação básica, é fundamental para o desenvolvimento de um país. Alguns países como Noruega e Canadá, símbolos de prosperidade, possuem os maiores níveis de investimento em educação e tecnologia do mundo. Porém, o Brasil foge dessa estatística e deve urgentemente aumentar o investimento em educação pública para garantir uma futura dissociação da categoria de subdesenvolvimento.

Segundo a revista Pátio, de 18 de Janeiro de 2019, a cada 100 estudantes que cursam a pré-escola, apenas 59 concluem a educação básica. Além disso, existem 1,7 milhão de jovens com idade entre 15 e 18 anos que não trabalham nem estudam e, o Brasil, embora esteja entre as 10 maiores economias do mundo, possui cerca de 20% dos jovens adultos fora do ensino superior. Tais dados são reflexos das intensas desigualdades que o país sempre enfrentou desde a chegada dos europeus. 

A melhoria educacional auxiliaria no fim da dependência econômica externa presente hoje. Um investimento em educação possibilitaria a criação de “cérebros nacionais”, ou seja, acadêmicos qualificados que atuem no desenvolvimento de tecnologia e ciência brasileiras, o que acontece nos países desenvolvidos, que independem das outras nações para obter tecnologia própria. Isso auxiliaria na diminuição das commodities, que nos últimos anos, sobretudo no início do século XXI, sustentaram a economia brasileira, mas deram continuidade à dependência excessiva do Brasil para com outros países. 

Outro fator que explica o investimento precário é a chamada política eleitoreira, que pauta a democracia brasileira moderna. Ao invés de pensarem a longo prazo, no bem maior da nação, políticos preferem dirigir os investimentos públicos a campos que oferecem um retorno a curto prazo, como o setor de infraestrutura. Essas áreas facilitam a visibilidade pública do político e valorizam o sentimento de que seu serviço foi cumprido, já que os resultados são colhidos dentro do mandato de quatro anos. Depois disso, utilizando o direito à reeleição, os candidatos se autovalorizam na campanha apresentando os projetos, não educacionais, cumpridos.

Contudo, a educação, que tem seu acesso e qualidade num aspecto geral, precária, no Brasil, deve ser  pautada com prioridade no projeto de administração pública brasileiro, o que  não acontece hoje. Com isso, poderemos nos desenvolver socialmente, economicamente e tecnologicamente, de maneira menos desigual e visando a prosperidade de nossa nação. A interligação entre prosperidade e desenvolvimento com o acesso brando à educação pública é evidente, e deve ser considerada com mais frequência nos planos de administração nacional.